terça-feira, 30 de outubro de 2018

E porque somos PORTUGUESES.....e o SABER não ocupa lugar....

"Pão Por Deus"
 A História de uma tradição bem Portuguesa




Começou também o costume de deixar o primeiro pão de uma fornada nesta altura à porta da casa tapado por um pano. Seria para honrar os mortos, mas a intenção era também quem de mais pobre por ali passasse tomasse a parte física para si.
Assim este pão para os fieis defuntos começou a ter a vertente de partilha com quem necessitava.

    - O Terremoto de 1755

Um dos dias mais negros da história de Portugal é o de 1 de Novembro de 1755. Neste Dia de Todos os Santos, Lisboa viria a sofrer a maior catástrofe da sua história, sendo muito do país também afectado por ela.
Aí os afetados por tal tormenta foram a quem algo salvou pedir Pão Por Deus, tentando ter algo para matar a fome, aos que sobreviveram à catástrofe,
Relatos contam que nos anos seguintes nesse mesmo dia se aumentou o costume do Pão Por Deus, em jeito de celebração e agradecimento a quem tinha sobrevivido. Talvez por isso esta tradição seja tradicionalmente mais forte na região da grande Lisboa.

    -  A Evolução até aos dias de Hoje

Com o passar dos anos progressivamente passou a ser cada vez mais um peditório das crianças. No século XX, onde os registos são mais constantes e fiáveis, começamos a ver muito o Pão Por Deus como a festa das Crianças.
Neste dia as crianças de manhã cedo iam de porta em porta a pedir o Pão Por Deus. Recebendo tradicionalmente frutos secos, romãs, pão e bolos.
Nos anos mais recentes, e mesmo contando alguns ciclos de menor fulgor, começou a ver-se cada vez mais como um dia em que as crianças pedem de porta em porta doces, sendo que ainda se continua a ver alguns frutos secos.
O saco de pano do Pão Por Deus é muito comum em todos estes registos, e nos dias que correm continua a existir, sendo que com a Internet temos visto muitos pequenos negócios a vender até versões personalizadas dos mesmos.

    - O Doçura ou Travessura Português

Um dos pontos de enfoque da cultura popular americana, que nos chega pela televisão e Internet, é a doçura ou travessura. É, no entanto, engraçado ver que algo semelhante existe tradicionalmente registado em Portugal.
As rimas e cantigas são normalmente descritas quando as crianças batem à porta. E em alguns casos vemos que detêm estrofes de agradecimento a quem oferta doces, mas menos simpáticas para quem não o faz.

A Cantiga Inicial

Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós,
Para dar aos finados
Que estão mortos e enterrados
À bela, bela cruz
Truz, Truz!
A senhora que está lá dentro
Sentada num banquinho
Faz favor de s’alevantar
Para vir dar um tostãozinho.
A resposta nas casas em que são ofertados doces.
Esta casa cheira a broa,
Aqui mora gente boa.
Esta casa cheira a vinho,
Aqui mora um santinho.
E a resposta para quem não os dá
Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho.
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto.

    - Variações ao longo do país

Em muitas outras regiões do país o Pão Por Deus é celebrado. No entanto existe ao longo do território algumas variações do mesmo.
Na estremadura é conhecido muitas vezes como o “Bolinho”, e a tradição é dar bolos festivos especialmente confeccionados nesta época do ano.
Já nos Açores a tradição é dar estas caspiadas, que dizem lembrar a o topo de uma caveira humana, honrando assim também os mortos.
Desde a tradição céltica, passando por todas as tradições cristãs, o Pão Por Deus é neste momento uma festa do povo, e mais que tudo das crianças.
Com ou sem máscaras, com ou sem Halloween, o Pão Por Deus está para ficar, e penso até que tem voltado a crescer nos últimos anos. E é mais uma bela tradição de Portugal.

http://www.ofportugal.com/

Muito interessante!!! Atividade a não perder!!!!

      01.11.2018 ( feriado ) - 10,00H
       Roteiro sobre o Terramoto de 1755 e a reconstrução da Baixa Pombalina - Lisboa

10,00h - Encontro no Arco da Rua Augusta - Terreiro do Paço
10,15h - Pontualmente, início do Roteiro, visita aos aspectos mais relevantes e simbólicos da reconstrução de Lisboa
11,00h - Subida Elevador Arco Rua Augusta - soberba vista da arquitectura Pombalina
11,45h - Rua Augusta - Rossio, vestígios, histórias e simbolismo da Baixa Pombalina
12,30h - Café na Baixa Pombalina
Inscrições e Informações: 217 264 179 ou 918 959 584 ou info@explore-latitudes.pt
Condições de Inscrição
- Valor do Roteiro - 15,00 € - (Incluído Visita Guiada, Entrada Elevador Rua Augusta, Café, Seguros)
- Crianças até 10 anos - Gratuito
- Jovens até 18 anos 1/2 - 7,50€
- N.º máximo de participantes 30 Pessoas
- Obrigatório Inscrição, as inscrições serão registadas por ordem e até ao limite máximo.
TERRAMOTO 1755 E RECONSTRUÇÃO DA BAIXA POMBALINA
Terramoto de 1755, ocorreu no dia 1 de Novembro, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, especialmente na zona da Baixa/Centro da Cidade.
Após o devastador terramoto, o rei D. José I e o futuro Primeiro–Ministro de Portugal, Marquês de Pombal tomaram medidas imediatas para que a cidade renascesse novamente. Contrataram assim um considerável número de arquitectos e engenheiros, que em menos de um ano fizeram o “milagre” de transformar Lisboa numa cidade sem ruínas.
O rei desejava uma cidade nova e ordenada e assim, grandes praças e avenidas largas e rectilíneas marcaram a planta da nova cidade. São os primeiros edifícios mundiais a serem construídos com protecções anti-sísmica (gaiola pombalina).
Hoje, temos uma Lisboa povoada por estátuas e obeliscos, por altos e baixos relevos, por azulejos que nos contam histórias maravilhosas, que nos falam de mistérios inimagináveis e que de uma forma ou de outra nos sugerem o mito, o sonho da Lisboa do Quinto Império.
EXPLORE LATITUDES EVENTOS CULTURAIS, Lda
NIPC 510 955 380
RNAAT n.º 549/2014
Membro Associação Turismo de Lisboa

domingo, 28 de outubro de 2018




Faz hoje 162 anos que nascia o caminho de ferro em Portugal. 

Na viagem inaugural el-Rei D. Pedro V começou logo por perder o comboio!!!

 

Faz hoje 162 anos que nascia o caminho de ferro em Portugal. Na viagem inaugural el-Rei D. Pedro V começou logo por perder o comboio

A história dos comboios em Portugal começou a escrever-se em 28 de Outubro de 1856, quando se realizou a primeira viagem entre Lisboa e o Carregado. A viagem inaugural, de 37 quilómetros, deveria ter contado com a presença do rei D. Pedro V, mas este chegou atrasado e o comboio, batizado D. Luís, partiu sem o passageiro real.

A rede ferroviária expandiu-se depressa nos anos seguintes, especialmente sob influência de Fontes Pereira de Melo, Ministro das Obras Públicas. Em 1861 o comboio chega à fronteira com Espanha, em Badajoz, e no ano seguinte é assegurada a ligação entre Lisboa e o Porto.

As primeiras automotoras a diesel chegam em 1948 e anuncia-se o fim das locomotivas a vapor. Poucos anos depois os comboios passam a utilizar a eletricidade e, mais recentemente, o sistema de transporte passa também a depender da informática para muitas das suas ações.

A história dos comboios em Portugal começou a escrever-se em 28 de Outubro de 1856, quando se realizou a primeira viagem entre Lisboa e o Carregado. A viagem inaugural, de 37 quilómetros, deveria ter contado com a presença do rei D. Pedro V, mas este chegou atrasado e o comboio, batizado D. Luís, partiu sem o passageiro real.

A rede ferroviária expandiu-se depressa nos anos seguintes, especialmente sob influência de Fontes Pereira de Melo, Ministro das Obras Públicas. Em 1861 o comboio chega à fronteira com Espanha, em Badajoz, e no ano seguinte é assegurada a ligação entre Lisboa e o Porto.

As primeiras automotoras a diesel chegam em 1948 e anuncia-se o fim das locomotivas a vapor. Poucos anos depois os comboios passam a utilizar a eletricidade e, mais recentemente, o sistema de transporte passa também a depender da informática para muitas das suas ações.
in Rede de Bibliotecas Escolares