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segunda-feira, 21 de abril de 2025

Muito perto da celebração do dia Mundial do Livro, a BE recorda que...

 

a competência leitora é um pilar fundamental na formação de cidadãos responsáveis, informados e críticos.



Autora do cartaz: professora Patrícia Vieira



Lançamos, assim, um convite à leitura coletiva do

 conto fabuloso de José Rodrigues Miguéis.



Ei-lo:




quinta-feira, 10 de abril de 2025

Em março - mês da Mulher - a BE desafia-vos para a leitura da obra "O que fazem Mulheres" de Camilo Castelo Branco

 



Uma obra escrita no século XIX, lida pelos olhos do século XXI
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.
Eis a obra , em formato PDF, em anexo.




                                                  Ler, para além dos olhos...

quinta-feira, 21 de março de 2024

Hoje, no dia Mundial da Poesia, homenageamos todos os poetas, destacando as palavras de um dos maiores nomes da poesia contemporânea nacional, Nuno Júdice.


A poesia está viva! 





Vou buscar uma das estrelas que caiu

do céu, esta noite. Ficou presa a um

ramo de árvore, mas só ela brilha,

único fruto luminoso do verão passado.

Ponho-a num frasco, para não se

oxidar; e vejo-a apagar-se, contra

o vidro, à medida que o dia se

aproxima, e o mundo desperta da noite.

Não se pode guardar uma estrela. O

seu lugar é no meio de constelações

e nuvens, onde o sonho a protege.

Por isso, tirei a estrela do frasco e

meti-a no poema, onde voltou a brilhar,

no meio de palavras, de versos, de imagens.

                                                         

                                                       Nuno Júdice

Foto - CNN

terça-feira, 19 de março de 2024

Para o dia 21 de março, "Canções que contam abril" - n.º 10 - "Traz outro Amigo também" - "Páginas da Liberdade"

 










para além dos olhos...




Amanhã, dia 20, "Canções que contam abril" - n.º 9 - "Eu vim de Longe" - "Páginas da Liberdade"

 

                                       





                                                                   para além dos olhos...
                           

Hoje, dia 19 de março, "Canções que contam abril" - n.º 8 - "Maré Alta" - "Páginas da Liberdade"

          







para além dos olhos...






                

quarta-feira, 6 de março de 2024

"Canções que contam abril" - n.º 2 - "Trova ao Vento que Passa" - "Páginas da Liberdade", para além dos olhos...

 





Pergunto ao vento que passaNotícias do meu paísE o vento cala a desgraçaO vento nada me diz.O vento nada me diz.
La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la,La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la.La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la,La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la.
Pergunto aos rios que levamTanto sonho à flor das águasE os rios não me sossegamLevam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoasAi rios do meu paísMinha pátria à flor das águasPara onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhasPede notícias e dizAo trevo de quatro folhasQue morro por meu país.
Pergunto à gente que passaPor que vai de olhos no chão.Silêncio -- é tudo o que temQuem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramosDireitos e ao céu voltados.E a quem gosta de ter amosVi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nadaNinguém diz nada de novo.Vi minha pátria pregadaNos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margemDos rios que vão pró marComo quem ama a viagemMas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir(Minha pátria à flor das águas)Vi minha pátria florir(Verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignoradaE fale pátria em teu nome.Eu vi-te crucificadaNos braços negros da fome.
E o vento não me diz nadaSó o silêncio persiste.Vi minha pátria paradaà Beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novoSe notícias vou pedindoNas mãos vazias do povoVi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentroDos homens do meu país.Peço notícias ao ventoE o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevoLiberdade quatro sílabas.Não sabem ler é verdadeAqueles pra quem eu escrevo.
Mas há sempre uma candeiaDentro da própria desgraçaHá sempre alguém que semeiaCanções no vento que passa.
Mesmo na noite mais tristeEm tempo de servidãoHá sempre alguém que resisteHá sempre alguém que diz não.
Letra: Manuel Alegre


   para além dos olhos...



1- "Canções que contam abril" - n.º 1 - "Tourada" - "Páginas da Liberdade", para lém dos olhos...

 



para além dos olhos...


sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

"ESCOLA A LER" - "PÁGINAS DA LIBERDADE" - "A leitura é a única dependência permitida..."


25 de abril - 50 anos

Páginas da Liberdade                                                   

Esta é a madrugada que eu esperava (...). 

                      



      



    




para além dos olhos... 





                                                      

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

No dia 25 de setembro - 1º dia Nacional da Sustentabilidade - publicamos os momentos de leitura coletiva, em voz alta e as opiniões dos alunos.

 O "Homem que plantava Árvores" de Jean Giono voltou a ocupar a centralidade na nossa escola

       Os alunos do 10 PQ estiveram na BE, com o intuito de ler, integralmente, a obra. Leram-na e saborearam-na, enaltecendo a  atitude ímpar de um Homem que todos os outros deveriam conhecer e tomar como exemplo...



              Vamos estender esta leitura a todos os alunos da Escola!







para além dos olhos...






quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Afinal, desconhecia, mas "Existe um Poeta dentro de mim..."



Muitos parabéns, Emanuel!



 

Afinal, desconhecia, mas "Existe um Poeta dentro de mim.



 Parabéns, Camila!



Ontem, 8 de dezembro, há 91 anos, Florbela Espanca, a  poeta que via para além do tempo, disse-nos "adeus."
mas deixou-nos a mais bela definição de POETA.


SER POETA

Ser Poeta é ser mais alto, é ser maior

Do que os homens! Morder como quem beija!

É ser mendigo e dar como quem seja

Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

 

É ter de mil desejos o esplendor

E não saber sequer que se deseja!

É ter cá dentro um astro que flameja,

É ter garras e asas de condor!

 

É ter fome, é ter sede de Infinito!

Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...

É condensar o mundo num só grito!

 

E é amar-te, assim, perdidamente...

É seres alma e sangue e vida em mim

E dizê-lo cantando a toda gente!


                                                             Florbela Espanca





quarta-feira, 24 de novembro de 2021

"A ALEGRIA" de José Saramago na boca de Teresa Salgueiro




Alegria

Já ouço gritos ao longe
Já diz a voz do amor
A alegria do corpo
O esquecimento da dor
Já os ventos recolheram
Já o verão se nos oferece
Quantos frutos, quantas fontes
Mais o sol que nos aquece
Quantos frutos, quantas fontes
Mais o sol que nos aquece
Já colho jasmins e nardos
Já tenho colares de rosas
E danço no meio da estrada
As danças prodigiosas
Já os sorrisos se dão
Já se dão as voltas todas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Já colho jasmins e nardos
Já tenho colares de rosas
E danço no meio da estrada
As danças prodigiosas
Já os sorrisos se dão
Já se dão as voltas todas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Fonte: Musixmatch

Compositores: Jose Saramago / Teresa Salgueiro         

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Conheça a "Alegria" do escritor José Saramago




 

"Carta para Josefa, minha avó" de José Saramago

 

A LEITURA no centro da Escola


Lemos em voz alta ou silenciosamente, em vários suportes, mas o importante é que a leitura esteve, uma vez mais, no centro da escola, através da escolha criteriosa de textos literários que tocam e transformam "para além dos olhos..."

              




"Carta para Josefa, minha avó" José Saramago



Eis a nossa escolha:

"Carta para Josefa, minha avó"

"Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo — e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de água. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira — sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.

Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja. (Contaste-mo tu, ou terei sonhado que o contavas?) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.

Estou diante de ti, e não entendo.