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quinta-feira, 21 de março de 2024

Hoje, no dia Mundial da Poesia, homenageamos todos os poetas, destacando as palavras de um dos maiores nomes da poesia contemporânea nacional, Nuno Júdice.


A poesia está viva! 





Vou buscar uma das estrelas que caiu

do céu, esta noite. Ficou presa a um

ramo de árvore, mas só ela brilha,

único fruto luminoso do verão passado.

Ponho-a num frasco, para não se

oxidar; e vejo-a apagar-se, contra

o vidro, à medida que o dia se

aproxima, e o mundo desperta da noite.

Não se pode guardar uma estrela. O

seu lugar é no meio de constelações

e nuvens, onde o sonho a protege.

Por isso, tirei a estrela do frasco e

meti-a no poema, onde voltou a brilhar,

no meio de palavras, de versos, de imagens.

                                                         

                                                       Nuno Júdice

Foto - CNN

quarta-feira, 16 de junho de 2021

David Mourão-Ferreira, o Poeta maior e ímpar "sedutor" da beleza do mundo, todo o nosso apreço e profunda admiração.


 Assinalamos, com muita saudade, os 25 anos da sua morte.


"E por vezes"  David Mourão-Ferreira









Fonte: Youtube


"Quando os deuses morrem, há algo em nós, mortais que morre também..."

David Mourão-Ferreira escreveu, em 1950, no seu diário íntimo, a propósito da morte de um dos seus grandes mestres, Paul Valéry.


Fonte: Youtube


Saber+

Escritor português, nasceu em Lisboa, em 1927 e morreu, também nesta cidade, em 1996.
 
Licenciou-se em Filologia Românica em Lisboa, onde chegou a ser professor catedrático, organizando e regendo, entre outras, a cadeira de Teoria da Literatura.
 
Foi secretário de Estado da Cultura, entre 1976 e 1979; diretor do diário A Capital; diretor do Boletim Cultural do Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 1984 e 1996; diretor da revista Colóquio/Letras; presidente da Associação Portuguesa de Escritores (1984-86) e vice-Presidente da Association Internationale des Critiques Littéraires

A sua obra reparte-se pela poesia; pela crítica literária, como Os Ócios do Ofício, Vinte Poetas Contemporâneos, Hospital das Letras ou Lâmpadas no Escuro (de Herculano a Torga); pelo ensaio; pela tradução; pelo teatro; pelo romance; e também pelo jornalismo.

 Fonte: "Mundo dos Poemas"


David Mourão-Ferreira diz a sua poesia 





Fonte: Youtube 

 #poesia #dizemospoetas




sexta-feira, 11 de junho de 2021

10 de Junho: Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas




Após a Implantação da República foi publicado um decreto que dava aos municípios e concelhos a possibilidade de escolherem um dia do ano que representasse as suas festas tradicionais e municipais. Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões. 

Durante o Estado Novo e até ao 25 de Abril de 1974, o 10 de Junho passa a ser comemorado a nível nacional e passa a chamar-se o também o Dia da Raça, em memória das vítimas da guerra colonial. A Segunda República não se revê neste feriado pelo que, em 1978, o converte em Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.


In: As origens de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas / Conceição Meireles. – In: http://nisefa.wordpress.com/2008/06/09/sabia-que-10-de-junho



terça-feira, 8 de junho de 2021

Dia Mundial dos Oceanos

 



O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado todos os anos no dia 8 de junho. Origem do Dia dos Oceanos.

A celebração dos oceanos teve origem na Conferência da ONU sobre Ambiente e Desenvolvimento, que se realizou na cidade brasileira do Rio de Janeiro em 1992.


O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, faz alerta no Dia Mundial dos Oceanos. 


                                          

                                  
Fonte: Youtube

terça-feira, 4 de maio de 2021

DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA


        


Em 2019, a UNESCO decidiu proclamar o dia 5 de maio de cada ano como "Dia Mundial da Língua Portuguesa", aliás, data que já era comemorada desde 2009 pelos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A comemoração do Dia Mundial da Língua Portuguesa contribui para reforçar a afirmação do Português como uma língua de comunicação internacional e como uma língua plural, uma língua que permite estabelecer pontes e trocas culturais. Serve, igualmente, para evidenciar a importância da Lusofonia, uma vez que a nossa língua se destaca enquanto instrumento de diálogo entre os diferentes povos que compõem o mapa geográfico dos falantes de língua portuguesa, ao mesmo tempo que permite a afirmação da identidade lusa no reforço dos laços entre os países lusófonos.

 

O Português é falado por mais de 265 milhões de pessoas nos cinco continentes  (3,7% da população mundial), sendo a língua oficial dos nove países-membros da CPLP (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e de Macau, bem como língua de trabalho ou oficial de um conjunto de organizações internacionais como é caso da União Europeia, da União Africana e do Mercosul.

É, também, a quinta língua mais utilizada no espaço da internet e foi considerada o idioma da primeira vaga da globalização.

Nesta grande comunidade da lusofonia, a língua portuguesa assume um papel importantíssimo em diversas dimensões: a económica, a académica, a cultural e a criativa.


Consulte estes recursos:

 

https://www.youtube.com/watch?v=ykFR5vZB9lY&t=74s

 

https://www.youtube.com/watch?v=erL98Rkope8

 

https://www.youtube.com/watch?v=IOq4buh3YA4

 

https://www.youtube.com/watch?v=WqQzx-3R3ak

 

Fonte: 

Biblioteca da escola Secundária da Boa Nova - Leça da Palmeira

           Professora Bibliotecária, Professora Isabel Gomes Ferreira

5 de maio, Dia Mundial da Língua Portuguesa.

 

Uma língua é o lugar donde se vê o Mundo e em que se traçam os limites do nosso pensar e sentir. Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto. Por isso a voz do mar foi a da nossa inquietação.

                                                                                                                            Vergílio Ferreira


             



Autora do cartaz:  professora Anabela Silva 

 (Escola Secundária da Boa Nova - Leça da Palmeira) 

                        

Sugestão de leitura de um conto notável, "O Largo", no dia "Mundial da Língua Portuguesa"

 



No Largo, o “centro do mundo”de uma vila alentejana,  adormece um passado, onde havia vida, alegria, convívio e harmonia entre todas as pessoas.

Porém, o progresso chegou e os hábitos alteraram-se completamente...

Quem permaneceu no largo?  Vamos saber?!

Leiam este conto fantástico...!

Partilhem-no amplamente!


O Largo  


 


Antigamente, o Largo era o centro do mundo. Hoje, é apenas um cruzamento de estradas, com casas em volta e uma rua que sobe para a Vila. O vento dá nas faias e a ramaria farfalha num suave gemido, o pó redemoinha e cai sobre o chão deserto. Ninguém. A vida mudou-se para o outro lado da Vila.

O comboio matou o Largo. Sob o rumor do rodado de ferro morreram homens que eu supunha eternos. O senhor Palma Branco, alto, seco, rodeado de respeito. Os três irmãos Montenegro, espadaúdos e graves. Badina fraco e repontão. O Estróina, bêbado, trocando as pernas, de navalha em

punho. O Má Raça, rangendo os den­tes, sempre enraivecido contra tudo e todos. O lavra­dor de Alba Grande, plantado ao meio do Largo com a sua serena valentia. Mestre Sobral. Ui Cotovio, rufião, de caracol sobre a testa. O Acácio, o bebedola do Acácio, tirando retratos, curvado debaixo do grande pano preto. E, lá ao cimo da rua, esgalgado, um homem que eu nunca soube quem era e que aparecia subitamente à esquina, olhando cheio de espanto para o Largo.

 

Nesse tempo, as faias agitavam-se, viçosas. Ace­navam rudemente os braços e eram parte de todos os grandes acontecimentos. À sua sombra, os palhaços faziam habilidades e dançavam ursos selvagens. À sua sombra, batiam-se os valentes; junto do tronco de uma faia caiu morto António Valmorim, temido pelos ho­mens e amado pelas mulheres.

 

Era o centro da Vila. Os viajantes apeavam-se da diligência e contavam novidades. Era através do Largo que o povo comunicava com o mundo. Também, à fal­ta de notícias, era aí que se inventava alguma coisa que se parecesse com a verdade. O tempo passava, e essa qualquer coisa inventada vinha a ser a verdade. Nada a destruía: tinha vindo do Largo. Assim, o Largo era o centro do mundo.

 

Quem lá dominasse, dominava toda a Vila. Os mais inteligentes e sabedores desciam ao Largo e daí instruíam a Vila. Os valentes erguiam-se no meio do Largo e desafiavam a Vila, dobravam-na à sua vonta­de. Os bêbados riam-se da Vila, cambaleando, esta­vam-se nas tintas para todo o mundo, quem quisesse que se ralasse, queriam lá saber — cambaleavam e caíam de borco. Caíam ansiados de tristeza no pó branco do Largo. Era o lugar onde os homens se sentiam grandes em tudo que a vida dava, quer fosse a valentia, ou a inteligência, ou a tristeza.

 

Os senhores da Vila desciam ao Largo e falavam de igual para igual com os mestres alvanéis, os mestres-ferreiros. E até com os donos do comércio, com os camponeses, com os empregados da Câmara. Até, de igual para igual, com os malteses, os misteriosos e ar­rogantes vagabundos. Era aí o lugar dos homens, sem distinção de classes. Desses homens antigos que nunca se descobriam diante de ninguém e apenas tiravam o chapéu para deitar-se.

 

Também era lá a melhor escola das crianças. Aí aprendiam as artes ouvindo os mestres artífices, olhan­do os seus gestos graves. Ou aprendiam a ser valentes, ou bêbados, ou vagabundos. Aprendiam qualquer coisa e tudo era vida. O Largo estava cheio de vida, de valentias, de tragédias. Estava cheio de grandes rasgos de inteligência. E era certo que a criança que apren­desse tudo isto vinha a ser poeta e entristecia por não ficar sempre criança a aprender a vida — a grande e misteriosa vida do Largo.

 

A casa era para as mulheres.

 

No fundo das casas, escondidas da rua, elas pen­teavam as tranças, compridas como caudas de cavalos. Trabalhavam na sombra dos quintais, sob as parreiras. Faziam a comida e as camas — viviam apenas para os homens. E esperavam-nos, submissas.

 

Não podiam sair sozinhas à rua porque eram mu­lheres. Um homem da família acompanhava-as sem­pre. Iam visitar as amigas, e os homens deixavam-nas à porta e entravam numa loja que ficasse perto, à espe­ra que saíssem para as levarem para casa. Iam à missa, e os homens não passavam do adro. Eles não entravam em casas onde fossem obrigados a tirar o chapéu. Eram homens que, de qualquer modo, dominavam no Largo.

 

Veio o comboio e mudou a Vila. As lojas enche­ram-se de utensílios que, antes, apenas se vendiam nos ferreiros e nos carpinteiros. O comércio desenvol­veu-se, construiu-se uma fábrica. As oficinas faliram, os mestres-ferreiros desceram a operários, os alvanéis passaram a chamar-se

pedreiros e também se transfor­maram em operários. Apareceu a Guarda, substituiu os pachorrentos cabos de paz, e prendeu os valentes. As mulheres cortaram os cabelos, pintaram a boca e saem sozinhas. Os senhores tiram agora os chapéus uns aos outros, fazem grandes vénias e apertam-se as mãos a toda a hora. Vão à missa com as mulheres, passam as tardes no Clube, e já não descem ao Largo. Apenas os bêbados e os malteses se demoram por lá nas tardes de domingo.

 

Hoje, as notícias chegam no mesmo dia, vindas de todas as partes do mundo. Ouvem-se em todas as vendas e nos numerosos cafés que abriram na Vila. As telefonias gritam tudo que acontece à superfície da terra e das águas, no ar, no fundo das minas e dos oceanos. O mun­do está em toda a parte, tornou-se pequeno e íntimo para todos. Alguma coisa que aconteça em qualquer região todos a sabem imediatamente, e pensam sobre ela e to­mam partido. Ninguém já desconhece o que vai pelo mundo. E alguma coisa está acontecendo na terra, algu­ma coisa terrível e desejada está acontecendo em toda a parte. Ninguém fica de fora, todos estão interessados.

 

A Vila dividiu-se. Cada café tem a sua clientela própria, segundo a condição de vida. O Largo que era de todos, e onde apenas se sabia aquilo que a alguns interessava que se soubesse, morreu. Os homens sepa­raram-se de acordo com os interesses e as necessida­des. Ouvem as telefonias, lêem os jornais e discutem. E, cada dia mais, sentem que alguma coisa está acon­tecendo.

 

Também as crianças se dividiram: brincam em comum apenas as da mesma condição; param às portas dos cafés que os pais ou irmãos mais velhos frequen­tam. O Largo, agora, é todo o vasto mundo. É lá que estão os homens, as mulheres e as crianças. No outro Largo, só os bêbados e os madraços dos malteses — e aqueles que não querem acreditar que tudo mudou. O certo é que ninguém já liga importância a esta gente e a este Largo.

 

As grandes faias ainda marginam o Largo como antigamente e, à sua sombra, João Gadunha ainda tei­ma em continuar a tradição. Mas nada é já como era. Todos o troçam e se afastam.

 

João Gadunha, o bêbado, fala de Lisboa, onde nunca foi. Tudo nele, os gestos e o modo solene de falar, é uma imitação mal pronta dos homens que ouviu quando novo.

 

— Grande cidade, Lisboa! — diz ele. — Aquilo é gente e mais gente, ruas cheias de pessoal, como numa feira!

 

Gadunha supõe que em Lisboa ainda há largos e homens como ele conheceu, ali, naquele Largo margi­nado pelas velhas faias. A sua voz ressoa, animada:

 

—   Querem vocês saber? Uma tarde, estava eu no Largo do Rossio...

 

—   No Largo do Rossio?

 

—   Sim, rapaz! — afirma Gadunha erguendo a ca­beça, cheio de importância. — Estava eu no Largo do
Rossio a ver o movimento. Vá de passar o pessoal para baixo, famílias para cima, um mundo de gente, e eu aver. Nisto, dou com um tipo a olhar-me de esguelha. Cá está um larápio, pensei eu. Ora se era!... Veio-se
chegando, assim como quem não quer a coisa, e me­teu-me a mão por baixo da jaqueta. Mas eu já estava à
espera!... Salto para o lado e, zás, atiro-lhe uma pu­nhada nos queixos: o tipo foi de gangão, bateu com a
cabeça num eucalipto e caiu sem sentidos!

 

Uma gargalhada acolhe as últimas palavras do Gadunha.

 

— Um eucalipto?

 

Apenas por um pormenor, estragou uma tão bela história. Fosse antigamente, todos ouviriam calados. Agora, sabem tudo e riem-se. Mas Gadunha teima. Diz que sim, que já esteve no Largo do Rossio, lá em Lisboa.

 

— Vocês já viram um largo sem eucaliptos, ou faias, ou outra árvore qualquer? — pergunta ele, des­norteado.

 

Todos se afastam, rindo.

 

João Gadunha fica sozinho e triste. Os olhos arra­sam-se-lhe de água, a bebedeira dá-lhe para chorar. Agarra-se às faias, abraça-as, e fala-lhes carinhosa­mente. Aperta-as contra o peito, como se tentasse abarcar o passado. E as suas lágrimas molham o tronco carunchoso das faias.

 

Vai morrendo assim o Largo. Aos domingos, é ainda maior a dor do Largo moribundo. Vão todos para os cafés, para o cinema ou para o campo. O Largo fica deserto sob a ramaria das faias silenciosas.

 

É nesses dias, pelo fim da tarde, que o velho Ranito sai da venda rangendo os dentes. Outrora, foi mestre-artífice; era importante e respeitado. Hoje, é tão pobre e sem préstimo que nem sabe ao certo o número dos filhos. Apenas sabe embebedar-se. Pequeno e fraco, o vinho transforma-o. Entesa-se, ergue o cacete e, sem dobrar os joelhos, apenas com um golpe de pés, pula para o ar e dá três cacetadas no pó do Largo antes de tocar de novo com os pés no chão. Ergue a cabeça e grita, estonteado:

 

— Se há aí algum valente, que salte para aqui!

 

Mas já não há nenhum valente no Largo, já não há ninguém no Largo. Ranito olha em volta com o olha espantado.

 

A vista turva-se-lhe, range os dentes:

 

— Ah vida, vida!...

 

Volteia o cacete sobre a cabeça. Vai de roda, fe­roz, pelo Largo ermo de vida, atirando cacetadas con­tra o chão. Vai, de cinta solta rojando, ágil e ridículo, a desafiar homens que já morreram.

 

Até que se cansa naquela luta desigual. O cacete despega-se-lhe das mãos e ele fica lasso, desequilibra­do. Aos tropeções, pende para a frente e cai, tem que cair, o Largo já morreu, ele não quer, mas tem de cair. Pesado de bebedeira e de desgraça, cai vencido.

 

Uma nuvem de poeira ergue-se; depois, tomba vagarosa e triste. Tomba sobre o Ranito esfarrapado e tapa-o.

 

Ele já não pode ver que o Largo é o mundo fora daquele círculo de faias ressequidas. Esse vasto mundo onde qualquer coisa, terrível e desejada, está aconte­cendo.

 

(in O Fogo e as Cinzas, Editorial Caminho)

(ilustração de Adão Cruz)


terça-feira, 23 de março de 2021

Celebremos o "Dia Mundial da Água" , 22 de março!


Esta data tem a finalidade de alertar as populações e os governos para a urgente necessidade quer da preservação, quer da poupança deste recurso natural tão precioso.


"You Must Be Kidding"

Will Butler, músico da banda Arcade Fire 


"Águas de Março"

Interpretada por Elis Regina e Tom Jobim.




"Tenho sede"

Um dos sucessos de Gilberto Gil, interpretado por outro grande músico brasileiro, Dominguinhos.




                                               para além dos olhos....

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Hoje, dia 10 de dezembro, celebra-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos

 

Dia Internacional dos Direitos Humanos



No mundo existem pelo menos 400 milhões de pessoas sem acesso a cuidados de saúde.

“Todos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover”, assim dita o Artigo 64º da Constituição Portuguesa.




quinta-feira, 11 de junho de 2020

10 de junho, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas






No dia 10 de Junho...

celebra-se em Portugal o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. O feriado nacional assinala ainda o dia da morte do poeta Luís Vaz de Camões, em 1580, e do programa do Dia de Portugal fazem parte várias atividades, como desfiles e demonstrações militares, por exemplo. Este é o dia da Língua Portuguesa e do cidadão nacional.

História do Dia de Portugal

Durante o regime ditatorial do Estado Novo de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, o dia 10 de Junho era celebrado como o “Dia da Raça: a raça portuguesa ou os portugueses”. Foi aproveitado para exacerbar as características nacionais. Como Camões foi uma figura emblemática, associada aos Descobrimentos, foi usado como forma de o regime celebrar os territórios coloniais e o sentimento de pertença a uma grande nação espalhada pelo mundo, com uma raça e língua comum.

O 10 de Junho é estipulado como feriado, na sequência dos trabalhos legislativos após a implantação da República a 5 de Outubro de 1910. No decorrer desses trabalhos legislativos, foi publicado um decreto a 12 de Outubro, que definia os feriados nacionais. Alguns feriados foram eliminados, particularmente os religiosos, de modo a diminuir a influência da Igreja Católica e com o objetivo de consolidar a laicização da sociedade.

O decreto que definia os feriados nacionais dava ainda a possibilidade dos municípios e concelhos escolherem um dia do ano que representasse as suas festas tradicionais e municipais. Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões, uma vez que a data é apontada como sendo a da morte do poeta.

O 10 de Junho começou por ser apenas um feriado municipal para passar a ser particularmente exaltado com o Estado Novo. Foi a partir desse período que o dia de Camões passou a ser festejado a nível nacional.

Até ao 25 de Abril, o 10 de Junho era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça, este último epíteto criado por Salazar na inauguração do Estádio Nacional do Jamor em 1944. A partir de 1978 este dia fica designado como Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Neste dia o Presidente da República e altas individualidades do Estado participam em cerimónias de comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorrem em cidades diferentes todos os anos. Anualmente são distinguidas novas individualidades pelo seu trabalho em nome da nação.


Fonte: "Mundo Português"
7 de junho de 2019

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Dia Internacional dos Museus 2020 – Museus para a Igualdade: diversidade e Inclusão



O DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS




Celebrado anualmente a 18 de maio, foi criado em 1977 pelo ICOM - Conselho Internacional de Museus, no sentido de contribuir, junto da sociedade, para uma reflexão sobre o papel dos Museus no seu desenvolvimento.Em 2020, com o objetivo de promover a diversidade e a inclusão nas instituições culturais, o ICOM apresenta o tema "Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão".
Hoje em dia, muitas são as disparidades que podem ocorrer dentro dos museus e entre estes e os seus visitantes, relacionadas com os mais diversos fatores: origem étnica, género, orientação e identidade sexual, origem socioeconómica, nível de educação, capacidade física, ideias políticas e crenças religiosas. Tendo em conta o seu papel social, os museus podem incentivar de forma relevante a diversidade e a inclusão, desenvolvendo experiências significativas para pessoas de todas as origens. Atendendo, por um lado, aos constrangimentos impostos pela atual pandemia, e, por outro, à reabertura dos museus a 18 de maio, a Direção-Geral do Património Cultural convidou os espaços museológicos da Rede Portuguesa de Museus a associarem-se a estas comemorações, nomeadamente através da partilha de iniciativas que possam ser divulgadas on-line e, também, de atividades presenciais.

Para assinalar a data e o simbolismo da ocasião foi determinada, pelo Despacho 22/GDG/2020, a gratuitidade de entrada em todos os Museus, Palácios e Monumentos sob tutela da DGPC, no dia 18 de maio de 2020.
Nota: De forma a garantir o cumprimento das regras básicas de higiene e segurança, solicitamos a todos que tenham em conta as seguintes condições: uso de máscara, respeito pela distância de segurança e pelo nº máximo de visitantes estipulado por cada entidade


Fonte: página da Direção-geral do Património Cultural 
18-05-2020

CONSULTE O PROGRAMA GERAL, ATRAVÉS DO "LINK" SEGUINTE:


https://jornaldemafra.pt/2020/05/16/programa-para-o-dia-internacional-dos-museus-da-dgpc/

quinta-feira, 7 de maio de 2020

ESPECIAL: Unesco celebra primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa



Este 5 de maio é o  Dia Mundial da Língua Portuguesa. A celebração global de 2020 marca uma nova etapa: é a primeira que acontece um ano após ser instituída pela Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura, Unesco.
O idioma de vários sotaques e variantes é oficial numa área de mais de 285 milhões de falantes espalhados pelo mundo.



Durante uma década, o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, era marcado por celebrações enfatizando a quinta língua mais falada no mundo, a terceira mais usada no Hemisfério Ocidental e a maior no Hemisfério Sul.
Em mensagem, de Lisboa, o secretário-executivo da Cplp, Francisco Ribeiro Telles, declarou que o atual momento de crise  pelas incertezas devido à pandemia da covid-19 tem impacto na língua portuguesa.


A situação de estado de emergência em muitos países, incluindo da Cplp, fez surgir termos até então muito pouco utilizados na linguagem corrente: teletrabalho, distanciamento social, isolamento, confinamento domiciliar, quarentena, casos positivos e vítimas mortais, por exemplo, que passaram a fazer parte das nossas conversas diárias e lideram o catálogo das notícias dos principais meios de comunicação internacionais.”

Ribeiro Telles mencionou o reflexo negativo da pandemia em agendas de diversos setores que foram forçados a reduzir o ritmo de atividades em nações lusófonas.
O primeiro evento global na Unesco destaca a cooperação para projetar o português.  O ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, elogiou a ação diplomática que culminou com a consagração da data. Até este ano, o país detém a presidência rotativa da Cplp.
“Vamos continuar a trabalhar para que na frente diplomática a língua portuguesa seja uma língua de trabalho das Nações Unidas. Já é língua de trabalho dos países da África Ocidental, na União Africana. Vamos continuar a trabalhar para que seja a língua de trabalho normal das Nações Unidas.”

O chefe da diplomacia cabo-verdiana vê a celebração como afirmação do estatuto internacional e universal do português. 
O primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa marca a primeira vez em que um idioma não oficial é celebrado na Unesco.  
A importância cultural da língua presente nos cinco continentes também acontecerá em eventos programados no bloco lusófono que integra Angola,  Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.

Estudantes

A Cplp também destaca a cooperação como outro marco do momento atual.
Nas celebrações em tempos de quarentena e isolamento, a estudante de Angola aponta o português como língua que permite que “falantes de vários idiomas do povo angolano tenham um veículo de comunicação promovendo o desenvolvimento”.
Jaime Bonga de Moçambique celebra o português como língua que “diariamente se renova, diante da diversidade cultural no imenso território”. Sobre o tema, uma estudante de São Tomé e Príncipe comparou o português a “tijolos que, ao longo do tempo, ajudam a construir o percurso de vida e a moldar a personalidade.”
Segundo a Missão do Brasil junto à ONU, o país planeja criar o Instituto Guimarães Rosa, coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores. Atividades de promoção e ensino de português são realizadas pelo Instituto da Cooperação e da Língua, Camões, e Instituto da Língua Portuguesa Iilp.
Os eventos para o primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa foram idealizados pela Cplp, o Instituto Camões e a ONU News em Português com o apoio de outras organizações parceiras. 

Fonte: "ONU News"
Parceria com o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.