domingo, 28 de novembro de 2021

Luís Osório esteve e continua, sem saber, na nossa Escola. Gratidão imensa!

 

             

       

Durante a sua "conversa", destacou o valor incontornável de José Saramago, o poder transformador da leitura e o valor incomensurável de cada um traçar o seu trilho no mapa da vida.
Perante uma plateia atenta e curiosa, conseguiu tocar, indelevelmente, através do seu conhecimento, simplicidade e autenticidade, no núcleo essencial de nós próprios.
As palavras do seu filho, André Osório, ditas pela doçura da Iara, revelaram o imenso talento do mais jovem finalista do prémio "Oceanos" (considerado um dos prémios literários mais importantes entre os países de língua portuguesa).
Na reconfortante missão de humanizar, com profunda gratidão de todos os que abraçam a mais bela profissão do mundo, parafreaseando Hegel, foi durante esta palestra que a ave de Minerva levantou voo.
Bem-haja!

                                                    Maria João Martins

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Amanhã, Luís Osório no centro das Escolas em Rede

 




"A ALEGRIA" de José Saramago na boca de Teresa Salgueiro




Alegria

Já ouço gritos ao longe
Já diz a voz do amor
A alegria do corpo
O esquecimento da dor
Já os ventos recolheram
Já o verão se nos oferece
Quantos frutos, quantas fontes
Mais o sol que nos aquece
Quantos frutos, quantas fontes
Mais o sol que nos aquece
Já colho jasmins e nardos
Já tenho colares de rosas
E danço no meio da estrada
As danças prodigiosas
Já os sorrisos se dão
Já se dão as voltas todas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Já colho jasmins e nardos
Já tenho colares de rosas
E danço no meio da estrada
As danças prodigiosas
Já os sorrisos se dão
Já se dão as voltas todas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas
Fonte: Musixmatch

Compositores: Jose Saramago / Teresa Salgueiro         

Luís Osório no Centro das Escolas em Rede

 


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

A ESCOLA A LER...

 

Este 1º período, a  Biblioteca Escolar propôs, em articulação com os professores do 1º Departamento, duas obras de José Saramago, adequadas aos níveis de leitura dos nossos alunos.

A leitura integral das obras tem permitido o desenvolvimento das competências da leitura e a fruição gradativa do prazer de ler.


   


Assim, numa dinâmica colaborativa, as obras têm vindo a ser trabalhadas pelos professores das turmas, através de atividades muito criativas, estimulando a prática regular da leitura e da escrita.

Estão todos de parabéns!




Os alunos do 5º e 6º anos, orientados pela sua professora Helena Barriga, criaram um "kaoot" sobre a vida e obra de José Saramago para ser jogado pelos seus colegas do 3º ciclo e secundário.

Aproveitem e joguem também!

https://create.kahoot.it/share/um-passeio-com-jose-saramago/fa9caeef-6968-4ffa-8bd5-0677b1f36c49


Em breve, vamos divulgar mais atividades...

Vamos continuar a ler + e +

Conheça a "Alegria" do escritor José Saramago




 

"Carta para Josefa, minha avó" de José Saramago

 

A LEITURA no centro da Escola


Lemos em voz alta ou silenciosamente, em vários suportes, mas o importante é que a leitura esteve, uma vez mais, no centro da escola, através da escolha criteriosa de textos literários que tocam e transformam "para além dos olhos..."

              




"Carta para Josefa, minha avó" José Saramago



Eis a nossa escolha:

"Carta para Josefa, minha avó"

"Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo — e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de água. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira — sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.

Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja. (Contaste-mo tu, ou terei sonhado que o contavas?) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.

Estou diante de ti, e não entendo.

José Saramago 1922-2022

                           



                

Gratidão, André Fernandes!

 




Boa tarde, prezados colegas,
Agradecemos muito a forma como acolheram o autor André Fernandes na sua palestra sobre "Inteligência Emocional - uma prioridade no sucesso Educativo".
Inaugurámos o ciclo da Humaniza+ação III, em rede,  com uma vasta plateia constituída por muitos alunos e professores que procuram fazer com que a Escola se transforme, cada vez mais,  num espaço de bem-estar e de alegria genuínos, propícios à vontade de aprender.
Mais uma vez, nesta palestra, André Fernandes revelou a sua capacidade de libertar corações aprisionados pela amálgama de dores silenciadas quer pelo medo, quer pelo vexame a que estão, tantas vezes, sujeitos.  
Face a situações de sofrimento atroz, na escuridão deles próprios, dentro do suposto "lar", que os deveria proteger carinhosamente,
 questiona-se: na escola, que motivação poderão sentir pela aprendizagem? Em sala de aula, que atenção poderão prestar? 
Neste momento memorável, que nos deixou o espírito agasalhado pelo seu propósito,  o autor,  através do seu poderoso brilho, confirmou a urgência das emoções serem trabalhadas, nas escolas, de uma forma efetiva. Algo que as Escolas Felizes põem em prática, há muito, em vários países do mundo, em benefício da autoestima, das relações interpessoais e do sucesso educativo dos seus alunos.
Catapultados para patamares de amor e de humanidade indescritíveis, concluímos que amar é o maior escopo do Homem, num mundo que suplica pela sua Humanização.
Com as melhores saudações humanistas e "felicitárias",
                                                                 
                                                                         Maria João Martins