Para quê os olhos
nas alcovas das faces
a cheirar a maresia.
Olhos quadrados, a espreitar
as flores na multidão.
Olho-de-café
olho negro
a subir em espiral.
E para quê o tapete de cabelo
a pensar as nuvens
de longe interrogadas
em alegrias premeditadas
auscultando do vento
ruídos da guerra
se tudo há-de ser novamente
semente à terra.
JReis
1983
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