As palavras
povoam as horas
os pensamentos
mastigam o cansaço
e o amor
esconde-se
num abraço.
As palavras
enaltecem a pureza
de um coração
retesado em arco
como a pedra
atirada
num charco.
As palavras vêm
de atropelo
zurzir o nosso
encolhimento
como rosto
mordido
pelo vento.
As palavras
ferem, agitam, sibilam
como sirenes a
conspirar no escuro.
Com palavras se
projectam os homens
Num muro.
As palavra
extremaram a história
multiplicaram-se
como pedras pelo chão
mas há lá maior
força
do que dizer
NÃO!
JReis
(2002)
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