01 de fevereiro
de 1908: O dia do Regicídio, o rei D. Carlos e o seu filho mais velho, Luís
Filipe, Duque de Bragança, são assassinados no Terreiro do Paço, em Lisboa
A violência da
oposição à ditadura de João Franco criara as condições propícias a uma
tentativa revolucionária republicana. A 21 de Janeiro de 1908 são presos, como
suspeitos de conspiração, França Borges, João Chagas, Alfredo Leal e Vítor de
Sousa, e, a 28 desse mês, fracassa uma tentativa revolucionária. Foram presos,
como implicados na intentona, entre outros, Afonso Costa, Egas Moniz, Álvaro
Pope e o visconde de Ribeira Brava.O Governo resolve então intensificar a
repressão. Prepara um decreto que lhe permite expulsar do país ou deportar para
o ultramar os culpados de crime contra a segurança do Estado. Em 31 desse mês,
o ministro da Justiça Teixeira de Abreu regressa de Vila Viçosa, onde se
encontrava a família real, com o decreto assinado. D. Carlos, no dia seguinte, 1
de Fevereiro, regressa a Lisboa acompanhado da família real. Tendo desembarcado
no Terreiro do Paço, seguiam numa carruagem aberta para o Paço das
Necessidades. A carruagem real roda lentamente junto da penúltima arcada do
lado ocidental do Terreiro do Paço. Subitamente, rompendo entre o cordão de
polícias e população, um homem de revólver em punho põe o pé no estribo
traseiro da carruagem real e dispara à queima-roupa contra o rei, atingindo-o
com dois tiros na cabeça. A carruagem segue à desfilada pela rua do Arsenal,
quando um outro indivíduo, mais adiante, dispara uma carabina que trazia oculta
contra D. Luís Filipe, que segurava um revólver, matando-o. D. Manuel é atingido
num braço. Apenas a rainha D. Amélia sai ilesa.O pânico e o tiroteio
generalizam-se. O primeiro regicida terá sido morto pelo príncipe D. Luís
Filipe. O segundo é morto pela polícia. Os regicidas foram
Alfredo Costa, de 28 anos, caixeiro de profissão e Manuel Buíça, de 32 anos,
professor primário, ambos republicanos.
Regicídio. In
Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
O Rei D. Carlos por Roque Gameiro
Sem comentários:
Enviar um comentário