quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

 


Podrá nublarse el sol eternamente;

Podrá secarse en un instante el mar;

Podrá romperse el eje de la tierra

Como un débil cristal.

!Todo sucederá!

 

Podrá la muerte cubrirme

con su fúnebre crespón;

Pero jamás em mí podrá apagarse

La llama de tu amor.

 

 

Amor Eterno

Gustavo Bécquer (1836-1870)


 

 

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..

Fernando Pessoa

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Hoje, dia 17, participe na palestra imperdível "O Caminho dos Plásticos nos Oceanos" .

 

 “(…) os humanos podem ser tão eficazes como Deus em outras áreas que não a destruição.”

                                                           Jean Giono


Amanhã, após as queixas da terra, ouçamos, sem demora, as ondas lamurientas dos nossos oceanos.

Criemos mais futuro para o nosso planeta, através da salvação do nosso mar.         




segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

"Aquecimento dos oceanos passou ponto sem retorno em 2014"





Foto: Vincent LECOMTE / Gamma-Rapho via Getty ImagesSOCIEDADE
Aquecimento dos oceanos passou “ponto sem retorno”em 2014


A conclusão é apresentada num novo estudo. “As alterações climáticas não são algo incerto que podem acontecer num futuro distante. São um facto histórico que já ocorreu”, alerta um dos autores.

Um novo estudo, publicado na revista científica “Plos Climate”, aponta que o aquecimento dos oceanos ultrapassou um “ponto sem retorno” em 2014. Os investigadores, que analisaram a temperatura das águas dos mares registadas nos últimos 150 anos, concluem que o aumento extremo deve-se ao aquecimento global.

“As alterações climáticas não são algo incerto que podem acontecer num futuro distante. São um facto histórico que já ocorreu”, afirma Kyle Van Houtan, investigador e um dos autores do estudo.

“As mudanças climáticas extremas estão aqui, estão nos oceanos, e os oceanos sustentam toda a vida na Terra”, adverte o especialista.

Os dados revelam que elevadas temperaturas oceânicas eram verificadas em apenas 2% do tempo há um século, enquanto desde 2014 são comuns em, pelo menos, 50% do tempo.

Nas regiões mais quentes, temperaturas extremas ocorrem em 90% do tempo, o que afeta “severamente” a vida selvagem, escreve o “The Guardian”.

Mais de 90% do calor produzido pelo efeito estufa é absorvido pelos oceanos, que desempenham um papel preponderante na manutenção de um clima estável.